De acordo
com a Justiça, cada instituição deverá pagar cerca de R$ 900 mil. O
valor das multas será destinado a um fundo nacional para ações em defesa
do meio ambiente
A
empresa Norte Energia S.A e a União foram multadas pela Justiça Federal
em R$ 1,8 milhão pela demora no cumprimento dos prazos previstos no
licenciamento ambiental da usina hidroelétrica de Belo Monte, no Pará.
De acordo informação divulgada nesta quarta-feira (21), com a Justiça,
cada empresa deverá pagar cerca de R$ 900 mil. O licenciamento seria
utilizado para a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai) na
região. O valor das multas será destinado a um fundo nacional para
ações em defesa do meio ambiente.
Rio Xingu é palco de constantes protestos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira.
A
sentença foi resultado de uma ação do Ministério Público Federal (MPF)
que apontava problemas no funcionamento do órgão, responsável por
atender os povos indígenas atingidos pelas obras. De acordo com o MPF, a
situação dos povos atingidos chegou ao colapso devido à falta de
estrutura na Funai. Por conta disso, o órgão não pode acompanhar os
programas de compensação previstos no licenciamento.
Entenda o caso
A
reestruturação da Funai na região do médio Xingu já constava desde a
primeira licença concedida ao projeto da usina de Belo Monte, em 2010.
Porém, entre os anos de 2010 e 2014, o órgão ficou sem sede própria e
registrou a perda de 72% dos funcionários.
Por
conta disso, em janeiro de 2015 a Justiça Federal em Altamira deu prazo
de 60 dias para que fosse apresentado um novo plano de restruturação.
Porém, após um ano, nenhum plano foi apresentado, o que levou a juíza
Maria Carolina Valente do Carmo a determinar a paralisação das obras.
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