Luiz Otávio Campos está entre os investigados por participação em esquema.
Operação Leviatã se baseia em provas obtidas na Lava Jato.
As buscas estão relacionadas a um inquérito que corre no STF para investigar pagamento, por parte das empresas do consórcio de Belo Monte, de 1% dos valores das obras da usina ao PT e ao PMDB.
O ex-senador do Pará Luiz Otávio Campos informou, por telefone, nesta quinta-feira (16), que ficou surpreso com as apreensões envolvendo seu nome ao lado de outras pessoas investigadas por propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Ele afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade e disse ainda que aguarda, com tranquilidade, a conclusão das investigações.
A Polícia Federal deflagrou no início da manhã desta quinta-feira (16) a operação Leviatã, para cumprir mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios de pessoas investigadas por propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A Leviatã se baseia em provas coletadas na Operação Lava Jato.
Entre os alvos da operação, segundo a Polícia Federal, estão o ex-senador pelo PMDB do Pará Luiz Otávio Campos e o filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Márcio Lobão. Os mandados da Leviatã foram expedidos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Leviatã focou a parte do esquema que repassava dinheiro para o PMDB porque a parte do PT, por não envolver pessoas com foro privilegiado, tramita na Justiça Federal do Paraná.
Os advogados de Márcio Lobão divulgaram nota na qual disseram que houve buscas na casa dele no Rio de Janeiro. A nota afirma que a medida foi "drástica" e que Márcio Lobão reitera não ter cometido "nenhum ilícito". Atualmente, Márcio Lobão preside a Brasilcap, empresa do grupo Banco do Brasil que atua no mercado de capitalização. A empresa se manifestou sobre a Leviatã e disse que está "prestando as informações necessárias às investigações". A Brasilcap ressaltou que não é investigada "e sim o nosso presidente. O assunto é do âmbito pessoal dele e está sendo tratado pelos advogados dele.”
Em maio de 2016, o STF autorizou abertura de inquérito para investigar Edison Lobão por desvios na obra de Belo Monte. À época do pagamento das supostas propinas ele era ministro de Minas e Energia.
Em maio de 2016, o STF autorizou abertura de inquérito para investigar Edison Lobão por desvios na obra de Belo Monte. À época do pagamento das supostas propinas ele era ministro de Minas e Energia.
Em junho, foi aberto inquérito, pelo mesmo motivo, para investigar os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). Essas investigações serviram de base para a Leviatã.
A assessoria de Jader Barbalho disse que o senador não vai se pronunciar sobre o caso. O G1 também entrou em contato com a Norte Energia, empresa responsável pela Usina de Belo Monte, mas não obteve resposta.
0 comentários:
Postar um comentário