Um forte esquema de segurança, com o apoio do Exército, foi montado
nesta quarta-feira (13) próximo ao Presídio Federal de Porto Velho na
BR-364, sentido Rio Branco (AC). O aparato de segurança do Exército
começou após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) decretar reforço na ordem
pública por causa da transferência de 12 presos perigosos de São Paulo para Rondônia.
Após o decreto de Bolsonaro, os militares chegaram a montar barreiras a
quilômetros antes do local nos dois sentidos da via. Todo motorista que
passava pela região era informado sobre o monitoramento e recebia
instruções do Exército.
Somente os militares podem estar dentro do perímetro de segurança
montado em Porto Velho. Veículos de imprensa conseguiram registrar o
movimento próximo ao presídio, mas, a pedido do Sistema Penitenciário
Federal, tiveram que se retirar horas antes da chegada do comboio que
trazia os novos detentos.
Durante a montagem do esquema, militares se espalharam ao longo da
rodovia, nas matas que circundam a unidade prisional e até na caixa
d'água para monitorar do alto qualquer movimentação suspeita.
A presença de militares armados foi constante, assim como o movimento
de veículos do Exército e do Sistema Penitenciário Federal, dentro e
fora do presídio.
Barricada, caminhões, e soldados armados podem ser vistos por toda a
região no entorno do presídio. O reforço da segurança vai seguir até 27
de fevereiro.
Chegada de presos
No fim da tarde desta quarta-feira os presos transferidos de SP chegaram a Porto Velho,
no aeroporto governador Jorge Teixeira. A região do aeroporto também
recebeu um forte esquema de segurança e os motoristas foram revistados.
O Ministério da Justiça ainda não informou quantos integrantes de
facções ficarão na penitenciária federal de Porto Velho. Também não foi
divulgado se o chefe do grupo criminoso, Marcos Willians Herbas Camacho,
o Marcola, vai ficar na unidade em Porto Velho ou em Mossoró (RN).
Plano de fuga frustrado
A transferência de presos para Rondônia ocorreu após autoridades de São
Paulo descobrirem um esquema de fuga em presídios paulistas.
Os presos transferidos estavam na Penitenciária 2, em Presidente
Venceslau, e em Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.
O plano de fuga em SP previa o uso de:
- helicópteros e aviões;
- lança foguetes, granadas e explosivos de alto poder de destruição;
- grupos formados por "grande número de homens" treinados em fazendas na Bolívia, "originários de várias nacionalidades", incluindo soldados "com expertise no manuseio de armamento pesado e explosivos";
- veículos blindados, como SUVs e caminhonetes;
- fuzis calibre .50.
Qual a capacidade da penitenciária em Porto Velho?
A penitenciária federal tem capacidade para 208 presos em celas
individuais, divididas em quatro alas. O presídio tem 12,7 mil metros
quadrados de área.
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