Um vizinho do prédio onde morava a advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, em Guarapuava, na região central do Paraná, encontrada morta ápos cair do 4º andar, disse em depoimento à Polícia Civil ter visto uma mulher "com uma das
pernas para fora da sacada debruçada sobre o parapeito, ameaçando se
jogar".
A testemunha mora em frente ao local e diz ter visto a movimentação no
apartamento, por volta das 2h do domingo (22), e que a mulher "desistiu
da intenção e retornou para a sacada". Segundo ele, ocorria uma briga
entre um casal.
A reportagem teve acesso com exclusividade, nesta segunda-feira (30),
aos depoimentos prestados por quatro testemunhas, incluindo um irmão do
suspeito Luis Felipe Mainvaler, de 32 anos, marido da vítima.
Ele está preso por suspeita de feminicídio, mas nega as acusações e diz que a mulher se jogou da sacada do apartamento.
Até esta segunda, a polícia ouviu 18 pessoas. Vizinhos do casal que
disseram ter ouvido a briga. Ninguém viu o momento que Tatiane caiu da
sacada.
Conforme o relato da testemunha, "passado algum tempo, o homem saiu
novamente pra casaca e se segurou no parapeito e acenou com a cabeça de
forma negativa, parecendo muito nervoso".
Ele diz ter visto o homem entrar novamente no apartamento, "dando a entender que a discussão havia sido encerrada".
Após entrar em casa novamente, o vizinho contou em depoimento que,
cerca de cinco ou dez minutos depois, "ouviu um barulho na rua, como se
fosse um objeto caindo".
O carro da testemunha, que estava estacionado em frente à casa, impediu
a visão para a calçada do prédio, segundo o depoimento. O relato indica
que um homem saiu pela portaria do prédio e caminhou em direção à
calçada.
Ele diz ter visto o homem colocar as mãos na cabeça e dizer "o que você
fez?". O homem conta que saiu de casa, correu em direção a ele e viu a
"mulher caída com sangue no chão".
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