Após pouco mais de dois meses de investigação para desvendar o
desaparecimento de um jovem de 22 anos em Oriximiná, no oeste do Pará, a
Polícia Civil conseguiu localizar e prender uma dupla suspeita de matar
Jean Gomes Martins. A vítima foi enterrada com a cabeça para baixo, as
mãos amarradas e perfurações no corpo, possivelmente de tiros.
O desaparecimento foi registrado no dia 4 de maio e a prisões
temporárias de Thiago Gonçalves Picanço e Lucas de Azevedo aconteceram
nos dias 26 de junho e 9 de julho.
No mesmo dia do desaparecimento, familiares da vítima comunicaram o caso
à polícia, que orientou os pais a procurarem o filho nos locais que ele
mais costumava frequentar até completar 24 horas do sumiço, quando o
Boletim de Ocorrência poderia ser feito.
“Eles retornaram à delegacia e a partir daí começamos a trabalhar com a
hipótese de homicídio. Chegou ao nosso conhecimento que ele teria sido
executado por dívidas com o tráfico de drogas”, disse o titular da
delegacia, delegado Fonseca.
No decorrer das investigações testemunhas foram ouvidas e informações
coletadas levaram até a área provável onde Jean havia sido enterrado.
Apesar de ser a última pessoa vista com a vítima, Thiago Picanço havia
apresentado álibi, que foi descaracterizado com o passar do tempo. O
delegado disse ainda que Thiago atraiu a vítima para uma emboscada
enquanto Lucas o esperava para matar. Os dois enterram o corpo.
A remoção do corpo foi feita pelo brigada de Bombeiros Civis. Segundo a
Polícia, o local era de difícil acesso em um sítio próximo ao Ramal da
Maria Fé, e foi preciso montar uma operação para preservar os restos
mortais. O terreno onde o corpo estava fica em uma área de mata a 10
metros da propriedade de um dos envolvidos no crime.
“Era uma área muito extensa e de mata fechada. O delegado indicou uma
possível área e pediu sigilo. Mapeamos e trabalhamos passo a passo,
escavando desde 8h. Por volta das 11h30 conseguimos encontrar o corpo”,
contou Marivam Carvalho, chefe da brigada de bombeiros.
O corpo passará por perícia e somente o laudo cadavérico apontará a
causa da morte do jovem. Thiago e Lucas devem responder por homicídio
qualificado e ocultação de cadáver. Os dois permanecem presos na
delegacia de Oriximiná.
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