A fábrica de cimento Itacimpasa transformou-se, literalmente,
numa grande decepção para o itaitubense, que esperava que essa empresa fosse
representar para Itaituba, resguardadas as devidas proporções, o mesmo que a Vale do Rio Doce representa
para Parauapebas, ou o que a mineradora Alcoa representa para Juriti.
Aqui, a Itacimpasa nunca conquistou a simpatia da população, pois uma das primeiras
iniciativas da empresa, antes mesmo de funcionar o seu parque industrial, foi barganhar
junto à prefeitura municipal, todos os incentivos fiscais que queria.
A contrapartida foi passar a explorar a população, cobrando um
preço exorbitante pela saca de cimento e, o mais grave agora é o calote que a
empresa vem aplicando no município, deixando de pagar impostos, e até o
salário de seus trabalhadores, que são mais de trezentos pais de família, não
está sendo pago, fazendo com que eles passem necessidades.
Nesse jogo de burlar o fisco municipal, a Itacimpasa não está
sozinha. Há muitos empresários bem-conceituados na sociedade, que estão na mira da Receita
Federal por sonegar o recolhimento de tributos da mineração.
Somente no ano passado, o prejuízo aos cofres do município
foi superior a sete milhões de reais, segundo denunciou o prefeito Valmir
Climaco. E para completar a pintura do quadro cinzento da economia do
município, o estado, aproveitando a sua posição de licenciador dos grandes
projetos ambientais, seduziu os empresários do setor mineral e levou para Belém
o projeto de uma refinaria de ouro, que por direito, deveria ser implantado
aqui em Itaituba, pois é daqui do município que vai sair o ouro para funcionar
essa refinaria.
São nesses momentos que sentimos a falta do comprometimento
de nossos representantes políticos, pois nenhuma voz se levantou na Assembleia
Legislativa do Estado e nem na Câmara Federal para defender os interesses do
povo itaitubense nesse projeto da refinaria, nem no caso da Itacimpasa.
Os nossos deputados, parece que estão muito mais preocupados
em conseguir cargos no governo para os seus aliados políticos, enquanto a
população que se dane com os seus problemas.
Jornalista
Weliton Lima
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