Ao longo dos últimos anos o Governo do Pará investiu sistematicamente
nos serviços destinados à saúde, o que reflete nos indicadores da
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). De acordo com o Sistema
de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério
da Saúde, nos últimos sete anos (2011-2017) o repasse de recursos
feitos pela administração estadual do Pará está acima do limite
constitucional de 12%.
A série histórica mostra o acréscimo em investimento exclusivo do
tesouro estadual no seu orçamento aplicado para construção, reforma e
custeio da rede, como laboratórios, aquisição de medicamentos e
hemocentros. Em 2011 o repasse foi de quase R$ 1,5 bilhão – 12,40%. Já
em 2017 o Estado superou esse índice, com o repasse de R$ 2,1 bilhões –
14,90%.
Um destaque é a ampliação da rede hospitalar, que triplicou nos
últimos anos e hoje conta 19 unidades hospitalares espalhadas pelo
Estado. Até o final deste ano, o Governo do Pará vai incorporar à rede
mais 937 novos leitos, incluindo os hospitais estaduais e também os
municipais requalificados com recurso exclusivo do tesouro estadual.
Na capital, a população contará com atendimento em diversas
especialidades na mega estrutura do novo Hospital Abelardo Santos,
localizado no distrito de Icoaraci, cuja obra está em fase de
acabamento, com previsão de entrega para este mês. Além disso, estão em
construção mais três novos hospitais regionais nos municípios de
Itaituba, Castanhal e Capanema.
Outros três hospitais já foram entregues recentemente: um no
município de Garrafão do Norte; o Hospital Geral de Ipixuna (gestão
estadual); e o Hospital Materno Infantil, em Barcarena, todos em pleno
funcionamento.“Fazendo uma retrospectiva na gestão do atual governo, temos uma
avaliação positiva quando falamos sobre investimentos na área da saúde.
Em cada região de saúde do Estado, no mínimo, há um hospital regional
instalado e a população que precisar dos serviços de média e alta
complexidade estará a uma distância mínima para o deslocamento. Imagina
se a gente reproduzisse isso há 20 anos, quando todo serviço de alta
complexidade era feito somente na capital. Estamos salvando vidas com
uma estratégia de descentralizar serviços e proporcionando o acesso
rápido com diagnóstico mais preciso, além de diminuirmos a mortalidade
dos paraenses”, afirma o secretário estadual de Saúde, Vitor Mateus.
Atendimento Humanizado
Um marco importante foi a inauguração da nova Santa Casa do Pará –
Hospital Materno-Infantil referência nas áreas de Tocoginecologia,
Pediatria, Neonatologia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica,
Nefropediatria, Ambulatórios (Mulher, Pediatria, Cirurgia e
especialidade) e que desenvolve relevantes ações de Ensino, Pesquisa e
Extensão, com Pós-graduação Lato Sensu (12 programas de residência
médica e um de residência multiprofissional) e Pós-graduação Scricto
Sensu (mestrado).
Outros três hospitais já foram entregues recentemente: um no município de Garrafão do Norte; o Hospital Geral de Ipixuna (foto); e o Hospital Materno Infantil, em Barcarena, todos em pleno funcionamento
Hoje, o hospital presta atendimento humanizado, notório e digno de
satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Meu filho tem
toda assistência necessária, dada por uma equipe dedicada e
comprometida”, disse Maria Luiza Sarges, 18 anos, mãe que acompanha o
filho Arthur, de seis meses, que está internado na Unidade de Cuidados
Intermediários (UCI) da Santa Casa.
Na área da oncologia também teve avanço significativo – a população
tem como referência o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em
Belém, para tratamento do câncer em crianças e jovens. Já em 2016, o
Governo do Pará inaugurou a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia
(Unacon) Dr. Vitor Moutinho, de Tucuruí, no sudeste do Pará, que atende
demandas referentes ao tratamento e prevenção do câncer nas regiões do
Lago de Tucuruí. Em Santarém, oeste do Pará, 1.776 pacientes estão em
tratamento oncológico no Hospital Regional do Baixo Amazonas.
Outro diferencial em investimento ocorreu na área da nefrologia, com
a implantação do Centro de Hemodiálise Monteiro Leite, inaugurado em
2011, em uma ação conjunta da Sespa e da Fundação Hospital de Clínicas
Gaspar Vianna (FHCGV). No Hospital Regional do Baixo Amazonas,
em Santarém, está programada a ampliação dos serviços de hemodiálise de
40 máquinas.
O governo está investindo na ampliação do número de máquinas de hemodiálise em todo o Estado.
Paralelo a isso, o Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP),
em Marabá, passa por reforma e ampliação para ofertar serviços de
hemodiálise. Em Capanema foram instaladas mais 20 máquinas em um
hospital privado para atendimento público. Em castanhal foram
inauguradas 67 máquinas concentradas num espaço de grande porte e ainda
será viabilizada a instalação de uma máquina de osmose reversa de
hemodiálise na UTI adulto do Hospital Regional de Tucuruí (HRT).
Falta de investimentos federais
De acordo com o médico e assessor da Sespa, Hélio Franco, a
secretaria tem envidado esforços para a melhoria dos serviços,
principalmente cumprindo com seu papel no que tange ao gasto com
eficiência, mesmo com pouco recurso recebido da União.
Ele ressaltou que 80% do custeio da secretaria é feito com recursos
do tesouro estadual e o repasse federal para o SUS estadual corresponde a
menos de 20% de todo o gasto que a Sespa tem. “O pacto federativo
brasileiro em relação ao Pará é um dos mais iníquos. Temos a menor renda
per capita em média e alta complexidade. Tendo em vista que o Pará é a
nona população do país e o segundo maior estado brasileiro em área. Os
recursos para a área da saúde na Amazônia são diferenciados das regiões
Sul e Sudeste, onde 80% da população tem plano de saúde”, completa.
O médico destaca que o Pará, com 18 doenças endêmicas e o difícil
acesso para chegar em algumas regiões, tem conseguido avançar com a
redução dos casos e óbitos de dengue, Chagas, malária, hanseníase,
entre outros. O Estado também reduziu a mortalidade geral, conforme
mostra o coeficiente de 2016, que foi de cinco mortes para cada grupo de
mil pessoas durante o ano – 20% vítimas de crimes e acidentes de
trânsito. “Graças aos hospitais regionais de alta resolutividade, o
Samu e as Upas nas quais o Estado tem o cofinaciamento de 25% no
custeio. Tudo isso faz com que consideremos o Pará, um Estado destaque
quando falamos em investimento responsável na área da saúde”, conclui
Franco.
Agência Pará
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