domingo, 9 de dezembro de 2018

Governo do Pará triplica investimento em saúde e fecha 2018 com quase mil novos leitos




Ao longo dos últimos anos o Governo do Pará investiu sistematicamente nos serviços destinados à saúde, o que reflete nos indicadores da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). De acordo com o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, nos últimos sete anos (2011-2017) o repasse de recursos feitos pela administração estadual do Pará está acima do limite constitucional de 12%.
 A série histórica mostra o acréscimo em investimento exclusivo do tesouro estadual no seu orçamento aplicado para construção, reforma e custeio da rede, como laboratórios, aquisição de medicamentos e hemocentros. Em 2011 o repasse foi de quase R$ 1,5 bilhão – 12,40%. Já em 2017 o Estado superou esse índice, com o repasse de R$ 2,1 bilhões – 14,90%.
Um destaque é a ampliação da rede hospitalar, que triplicou nos últimos anos e hoje conta 19 unidades hospitalares espalhadas pelo Estado. Até o final deste ano, o Governo do Pará vai incorporar à rede mais 937 novos leitos, incluindo os hospitais estaduais e também os municipais requalificados com recurso exclusivo do tesouro estadual.
Na capital, a população contará com atendimento em diversas especialidades na mega estrutura do novo Hospital Abelardo Santos, localizado no distrito de Icoaraci, cuja obra está em fase de acabamento, com previsão de entrega para este mês. Além disso, estão em construção mais três novos hospitais regionais nos municípios de Itaituba, Castanhal e Capanema.
Outros três hospitais já foram entregues recentemente: um no município de Garrafão do Norte; o Hospital Geral de Ipixuna (gestão estadual); e o Hospital Materno Infantil, em Barcarena, todos em pleno funcionamento.“Fazendo uma retrospectiva na gestão do atual governo, temos uma avaliação positiva quando falamos sobre investimentos na área da saúde. Em cada região de saúde do Estado, no mínimo, há um hospital regional instalado e a população que precisar dos serviços de média e alta complexidade estará a uma distância mínima para o deslocamento. Imagina se a gente reproduzisse isso há 20 anos, quando todo serviço de alta complexidade era feito somente na capital. Estamos salvando vidas com uma estratégia de descentralizar serviços e proporcionando o acesso rápido com diagnóstico mais preciso, além de diminuirmos a mortalidade dos paraenses”, afirma o secretário estadual de Saúde, Vitor Mateus.
Atendimento Humanizado
Um marco importante foi a inauguração da nova Santa Casa do Pará – Hospital Materno-Infantil referência nas áreas de  Tocoginecologia, Pediatria, Neonatologia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Nefropediatria, Ambulatórios (Mulher, Pediatria, Cirurgia e especialidade) e que desenvolve relevantes ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, com Pós-graduação Lato Sensu (12 programas de residência médica e um de residência multiprofissional) e Pós-graduação Scricto Sensu (mestrado).

Outros três hospitais já foram entregues recentemente: um no município de Garrafão do Norte; o Hospital Geral de Ipixuna (foto); e o Hospital Materno Infantil, em Barcarena, todos em pleno funcionamento

 Hoje, o hospital presta atendimento humanizado, notório e digno de satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Meu filho tem toda assistência necessária, dada por uma equipe dedicada e comprometida”, disse Maria Luiza Sarges, 18 anos, mãe que acompanha o filho Arthur, de seis meses, que está internado na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) da Santa Casa.
Na área da oncologia também teve avanço significativo – a população tem como referência o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, para tratamento do câncer em crianças e jovens. Já em 2016, o Governo do Pará inaugurou a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) Dr. Vitor Moutinho, de Tucuruí, no sudeste do Pará, que atende demandas referentes ao tratamento e prevenção do câncer nas regiões do Lago de Tucuruí. Em Santarém, oeste do Pará, 1.776 pacientes estão em tratamento oncológico no Hospital Regional do Baixo Amazonas.
Outro diferencial em investimento ocorreu na área da nefrologia, com a implantação do Centro de Hemodiálise Monteiro Leite, inaugurado em 2011, em uma ação conjunta da Sespa e da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV). No Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, está programada a ampliação dos serviços de hemodiálise de 40 máquinas.

O governo está investindo na ampliação do número de máquinas de hemodiálise em todo o Estado.

Paralelo a isso, o Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, passa por reforma e ampliação para ofertar serviços de hemodiálise. Em Capanema foram instaladas mais 20 máquinas em um hospital privado para atendimento público. Em castanhal foram inauguradas 67 máquinas concentradas num espaço de grande porte e ainda será viabilizada a instalação de uma máquina de osmose reversa de hemodiálise na UTI adulto do Hospital Regional de Tucuruí (HRT).
Falta de investimentos federais
De acordo com o médico e assessor da Sespa, Hélio Franco, a secretaria tem envidado esforços para a melhoria dos serviços, principalmente cumprindo com seu papel no que tange ao gasto com eficiência, mesmo com pouco recurso recebido da União.
Ele ressaltou que 80% do custeio da secretaria é feito com recursos do tesouro estadual e o repasse federal para o SUS estadual corresponde a menos de 20% de todo o gasto que a Sespa tem. “O pacto federativo brasileiro em relação ao Pará é um dos mais iníquos. Temos a menor renda per capita em média e alta complexidade. Tendo em vista que o Pará é a nona população do país e o segundo maior estado brasileiro em área. Os recursos para a área da saúde na Amazônia são diferenciados das regiões Sul e Sudeste, onde 80% da população tem plano de saúde”, completa.
O médico destaca que o Pará, com 18 doenças endêmicas e o difícil acesso para chegar em algumas regiões, tem conseguido avançar com a redução dos casos e óbitos de  dengue, Chagas, malária, hanseníase, entre outros. O Estado também reduziu a mortalidade geral, conforme mostra o coeficiente de 2016, que foi de cinco mortes para cada grupo de mil pessoas durante o ano – 20% vítimas de crimes e acidentes de trânsito.  “Graças aos hospitais regionais de alta resolutividade, o Samu e as Upas nas quais o Estado tem o cofinaciamento de 25% no custeio. Tudo isso faz com que consideremos o Pará, um Estado destaque quando falamos em investimento responsável na área da saúde”, conclui Franco.
  Agência Pará

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