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» O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que o inquérito 4.449, que investiga Helder Zahluth Barbalho, MDB, seja enviado para o Tribunal Regional Eleitoral do Pará.
Em 2014 quando disputada o governo do Pará, Helder Barbalho teria
solicitado contribuição à empresa Odebrecht. Segundo o inquérito, as
doações não foram contabilizadas, o que configura, segundo o ministro
Alexandre Moraes, possível delito de natureza eleitoral. Nesta ação,
está sendo investigado também o senador Paulo Rocha, do PT.
A DENÚNCIA EM 2014
Em seu depoimento, o delator Mário Amaro da Silveira, que ocupou o
cargo de diretor-superintendente da Odebrecht Ambiental no Estado do
Pará, contou ter se encontrado em setembro de 2014 com Helder Barbalho e
Paulo Rocha em um hotel de São Paulo, para tratar de contribuições para
a campanha ao governo do Pará, no caso de Helder Barbalho, e senado, no
caso de Paulo Rocha.
"O Helder Barbalho comentou que conhecia a
atuação da empresa e que ele tinha um grave problema de saneamento no
Pará, que seria uma das prioridades dele, e cogitava adotar uma solução
privada (em seu eventual governo)", comentou Mário Amaro da Silveira.
Segundo o delator, Helder Barbalho queria a ajuda da Odebrecht para
resolver o problema de saneamento no Pará, caso fosse eleito em 2014.
"E ao final dessa conversa, eles explicitaram as dificuldades
econômicas da campanha e fizeram um pedido de R$ 30 milhões. Eu falei,
'Vou levar isso até a nossa presidência lá por dever de ofício, mas acho
que é uma coisa totalmente fora de cogitação", contou Silveira.
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